Postado originalmente em: 01 Outubro, 2020
Outubro é o mês dedicado internacionalmente à prevenção do câncer de mama. Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), esse é o segundo tipo de tumor que mais acomete as mulheres. Mas quando descoberto no início, a doença tem 90% de chances de cura, além de possibilitar um tratamento menos agressivo.
A mastologista Lígia Teixeira, presidente regional de Alagoas da Sociedade Brasileira de Mastologia, conta que o tumor pode se manifestar através de um nódulo no seio, alterações na pele da mama com um aspecto de casca de laranja, surgimento de um "caroço " na axila, lesão ou a saída de um líquido (sangue ou água límpida) pelo mamilo.
Levando em conta essas mudanças, a médica aponta que o autoexame é um ótimo aliado para que a mulher tome consciência do seu corpo, conheça sua mama, entenda quando elas estão normais e saiba identificar quando ocorre alguma mudança.
Dra. Ligia indica que essa observação seja feita uma vez ao mês, preferencialmente na semana após o término do ciclo menstrual, pois no período pré e durante a menstruação, as mamas ficam doloridas. Mulheres de todas as idades podem fazer esse processo.
Uma boa opção é incluir o autoexame na sua rotina de autocuidado! Nossa dica é que seja em um momento só seu, como por exemplo, a hora do banho. Em pé mesmo, com o corpo molhado e com as mãos ensaboadas, coloque a mão esquerda atrás da nuca e mantenha o cotovelo apontado para cima.
Feito isso, utilize a mão direita para apalpar e sentir a axila e a mama esquerda. Você pode iniciar com movimentos circulares que começam no mamilo e crescem até cobrir o seio. Depois, pode apalpar em linha reta em direção ao mamilo. Faça também movimentos de linhas retas para cima e para baixo e, para finalizar, pressione o mamilo suavemente para observar se existe saída de líquido. Não se esqueça de repetir esse processo na outra mama.
Caso encontre alguma anormalidade, mantenha a calma e procure um médico ginecologista ou mastologista. Nem sempre uma irregularidade é indicativo de câncer. Da mesma forma que a ausência de alterações pode passar a falsa impressão de que está tudo bem e atrasar seus exames de rastreamento. Por isso, é recomendado fazer um acompanhamento com um ginecologista ou mastologista periodicamente.
“No Brasil, dados epidemiológicos indicam que 43% das mulheres com câncer de mama têm menos de 50 anos, portanto, é fundamental realizar a mamografia a partir dos 40 anos. Esse é o único exame de imagem que demonstrou uma queda de 30% na taxa de mortalidade pela doença”, comenta da Dra. Lígia.